Na sequência de um debate promovido, esta terça feira, pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (ARHESP), António Pina, presidente da ERTA, recordou as declarações do representante daquela associação, que afirmou que o aumento agora previsto (do IVA) pode originar, até ao final de 2013, "a perda de 1,45 mil milhões de euros de receitas para o estado e de 1,8 mil milhões de euros para as empresas". .Em causa, diz António Pina, está também o eventual encerramento de mais de 54 mil empresas, na sua maioria PME's, facto que resultará na extinção de cerca de 120 mil postos de trabalho directos, a nível nacional. ."Estes números são preocupantes quando temos presente que a restauração e a hotelaria têm um peso muito substancial na economia nacional e regional, sendo que o Algarve será fortemente penalizado", assinalou o presidente da ERTA. .Questionado hoje pela Lusa, sobre eventuais fusões no sector do turismo em 2012, antecipadas esta terça feira por Miguel Júdice, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, António Pina disse que, "em termos genéricos", esta pode bem vir a ser uma alternativa, acrescentando que "os empresários algarvios já estão tão habituados a sofrer problema que hão-de encontrar soluções.".Caso o governo venha a confirmar esta medida, o Turismo do Algarve prevê "graves implicações a nível da procura e da receita", assim como no grau de competitividade que se baseia "no indiscutível binómio do preço/qualidade, que obviamente estará posto em causa". .António Pina refere que, ao mesmo tempo que é pedida "mais criatividade e inovação", razão pela qual a ERTA tenta estimular "ao máximo" a procura da gastronomia e vinhos algarvios, o aumento do IVA previsto na restauração, na hotelaria, e também no vinho, torna quase impossível a obtenção de resultados positivos nestes nichos de mercado..O Turismo do Algarve prevê, por isso, "uma substancial quebra dos proveitos na restauração ao nível hoteleiro", podendo alcançar um "expressivo decréscimo de dois dígitos, acompanhado da restauração e similares na sua globalidade", conclui o presidente da ERTA.